29/4/2015 a 3/5/2015 O Que Fazer Para Ser no Teatro d'A Comuna

O Ninho de Víboras apresenta no Teatro d'A Comuna o espectáculo "O QUE FAZER PARA SER" - encenação de Karas para a peça inédita de Mário Palma Jordão. Apresentações de 29 de Abril a 3 de Maio, com sessões às 21.30h - excepto domingo em que a sessão se realiza às 16h - na Sala das Novas Tendências.

Ninho de Víboras @ 30-4-2015 11:44:47

©António Coelho

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Esta é uma das peças escritas pelo promissor dramaturgo português Mário Palma Jordão que, apesar de inédita, possui uma linguagem já madura, rica de invenção narrativa, ritmo e poesia. Numa proposta bastante espartana para recintos intimistas, o espectáculo propõe uma viagem aos territórios da humanidade onde comédia e tragédia se confundem. Estreado em 2012, é uma reposição que ora inicia itinerância, após o desaparecimento precoce do protagonista original, e co-mentor do projecto, o actor Sérgio Grilo.

Preço dos bilhetes: 10 euros, com desconto de 50% para reservas feitas antecipadamente, e levantadas até às 21h.

Reservas: viboras@netcabo.pt


©António Coelho

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O QUE FAZER PARA SER

Uma peça teatral de Mário Palma Jordão
Interpretada pelos actores Paulo Diegues ("Flip") e Karas ("Tim")
Cenografia de Carlos Janeiro
Iluminação de Gabriel Orlando
Operação técnica de Cristina Gonçalves
Fotografia de cena de António Coelho
Assistência de encenação de Francisca Lima
Encenação de Karas
Produção de Ninho de Víboras (2012)
Espectáculo subsidiado pela Câmara Municipal de Almada (2012)

Tim e Flip habitam um espaço e um tempo indefinidos - um impasse. Tim faz paciências, Flip está muito doente. Num aparente diálogo de surdos-mudos, de toada minimalista, cada um tenta furtar-se à solidão, questionado a própria existência, anseando por ser. Trata-se, na verdade, de um duplo combate: contra a morte e à procura da vida.

UM ESTADO DE URGÊNCIA

Foi uma rede de acasos e afinidades que me colocou no caminho das peças de Mário Palma Jordão. Ora, eu tenho bastante respeito pelo poder do acaso — mais, até: reverência, por quem se atreve a inventar, fixar e contar uma narrativa. E não é só uma questão de respeito; materializar em público o dito atrevimento é hoje um gesto bélico, uma radical manifestação de liberdade, que se quer urgente.

Sérgio Grilo entendia essa postura de uma forma ainda mais radical: o teatro como campo de uma batalha contra o absurdo da existência. Neste que se tornaria o seu último trabalho teatral, escolheu partilhar connosco a sua imensa ousadia e arte, ensinando-nos como se brinca em patamares que tanto têm de aterrador quanto de sublime.

«O Que Fazer Para Ser» impõe-se, assim, como um “aventurar obrigatório” — e a autoridade do estado teatral é irrefutável. Tentaremos, mau-grado os perigos, dar conta desse território selvagem que é uma nova peça de teatro. E regressar, convosco, dessa descoberta.

Karas, Novembro de 2014.

Ninho de Víboras @ 30-4-2015 11:44:47


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