Gojira no Vagos Open Air 2014
O festival VAGOS OPEN AIR, já na sua VI edição consecutiva, pelo segundo ano a acontecer na Quinta do Ega, em Vagos, dá finalmente o passo decisivo no crescimento sustentado e gradual que tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos e, em 2014, passa dos habituais dois para os três dias de duração. O cartaz, que inclui já nomes como KREATOR, OPETH, BEHEMOTH, ANNIHILATOR, EPICA, THE HAUNTED, SOILWORK e THE QUARTET OF WHOA!, entre muitos outros, vai também crescer, com o dia 10 de Agosto reservado para uma muito aguardada estreia em Portugal de uma das bandas melhor sucedidas e aplaudidas dos últimos anos no campeonato da música extrema. Uma coisa está já certa: durante o fim-de-semana de 8, 9 e 10 de Agosto, Vagos vai transformar-se numa autêntica Meca do som pesado na Península Ibérica.
Prime Artists @ 23-4-2014 17:54:01
GOJIRA! A palavra, designação original para o famoso monstro ficcional japonês Godzilla, tem hoje um significado bem diferente para todos aqueles que gostam de música extrema que foge às normas. Sim, porque GOJIRA é, atualmente, uma das bandas metal mais emblemáticas de que há memória nesta última década. No dia 10 de Agosto de 2014, domingo, os franceses vão subir ao palco instalado na Quinta do Ega e mostrar aos presentes, agora ao vivo e a cores, o seu estilo instantaneamente identificável, que serve de apoio a uma forte mensagem ecológica, não só relevante como singular no género em que se inserem. Capazes de escrever música com potencial para agradar a uma ampla faixa de fãs, misturando as raízes underground com um apelo mainstream que já os levou a todos os grandes eventos do género, são – sem margem para dúvidas – um dos nomes mais universalmente adorados e aplaudidos por uma legião transversal de seguidores, que vão do thrasher descontraído aos fanáticos do prog injetado de peso demolidor.
Os franceses sempre foram mais conhecidos pela moda e pela culinária do que pelas bandas de heavy metal. Desde que o género surgiu, vários foram os nomes que tentaram impor-se a nível internacional e, apesar de haver propostas válidas em quase todos os estilos, do black ao death metal, passando até pelo power metal sinfónico, poucos foram os que conseguiram impor-se com sucesso, e de facto, tudo isso mudou na última década, graças aos GOJIRA, que com o seu death metal progressivo conseguiram abanar realmente as estruturas de toda uma tendência, impulsionando finalmente o metal francês para a primeira divisão. O rótulo “death metal progressivo” traz de imediato à memória os ícones do género – os Death do «Symbolic», os Cynic do «Focus», talvez os Opeth do «Deliverance». Quem ainda não os conhece deve, no entanto, atirar pela janela todas e quaisquer pretensões em relação ao que vai ouvir quando puser pela primeira vez um disco deste quarteto de Bayonne a tocar. O seu prog/death é único; incrivelmente atmosférico, tecnicamente arrojado, esmagadoramente pesado.
Formados em 1996, na localidade de Ondres, perto de Bayonne, no sudoeste de França, os GOJIRA são Joe Duplantier na voz e guitarra, o seu irmão Mario Duplantier na bateria, Christian Andreu na guitarra e Jean-Michel Labadie no baixo e, até 2001, eram conhecidos como Godzilla. Foi, aliás, ainda sob essa designação que, entre 1996 e 2000, gravaram quatro maquetas e fizeram concertos com bandas como Cannibal Corpse e Immortal. Com a mudança de nome veio o álbum de estreia, «Terra Incognita», em 2001, seguido de «The Link», dois anos depois. No entanto, foi com o lançamento de «From Mars To Sirius» que o coletivo conseguiu dar o passo definitivo na direção da internacionalização e de um sucesso que, por essa altura, a imprensa e os fãs mais atentos já andavam a vaticinar-lhes há alguns anos. Saltaram do seu reduto underground para passarem a ser descritos, num site de referência generalista com o Allmusic, como “uma das bandas jovens líderes dentro do seu género neste milénio”... E muito fizeram por isso, percorrendo o mundo, ao lado de nomes tão respeitados como Lamb of God ou Behemoth, culminando no convite por parte dos Metallica para os acompanharem em tour nos Estados Unidos e na Europa em 2009. «L'Enfant Sauvage», de 2012, o mais recente disco de originais do grupo, assim como o posterior «Les Enfants Sauvages», gravado ao vivo durante o ciclo de promoção ao registo de estúdio e acabado de editar, são tudo o que se poderia esperar dos GOJIRA. Seguindo os passos iniciados em «From Mars para Sirius» e cimentados em «The Way of All Flesh», os franceses continuam focados no seu death metal complexo, mas apimentam-no um pouco mais, dando maior ênfase ao groove e a passagens rítmicas mais prolongadas do que era habitual. Além disso, com o passar dos anos, a banda tem vindo a revelar-se progressivamente mais madura, mostrando saber cada vez melhor como fazer passar a sua mensagem de forma eficaz. A conferir ao vivo, no VI VAGOS OPEN AIR – dias 8, 9 e 10 de Agosto, na Quinta do Ega, em Vagos.
Os bilhetes custam 65 euros (passe três dias), 32 euros (diário 8 e 9 Agosto) e 25 euros (diário 10 Agosto), à venda nos locais habituais.
Prime Artists @ 23-4-2014 17:54:01
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