6/2/2025 a 9/2/2025 Cláudia Abreu vem a Portugal apresentar espetáculo inspirado em Virginia Woolf

No Teatro Maria Matos entre 6 e 9 de Fevereiro

A reconhecida actriz brasileira traz finalmente a Portugal a sua primeira criação para palco. O poderoso monólogo, VIRGINIA, está em cena no Teatro Maria Matos nos dias 6, 7, 8 e 9 de Fevereiro. Cláudia Abreu apresenta o seu primeiro monólogo, idealizado e escrito pela própria a partir da vida e obra de Virginia Woolf. Em cena, a actriz interpreta a genial escritora inglesa, cuja trajectória foi marcada por tragédias pessoais e uma linha ténue entre a lucidez e a loucura. A estrutura do texto apoia-se no recurso mais característico da literatura da escritora: a alternância de fluxos de consciência, capaz de ‘dar corpo’ às vozes reais ou fictícias, sempre presentes na sua mente. A dramaturgia de “VIRGINIA” foi concebida como inventário íntimo da vida da autora. 

cardapio.pt @ 28-10-2024 10:39:56

Nos seus últimos momentos, ela recorda acontecimentos marcantes da sua vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com os amigos do grupo intelectual de Bloomsbury, além de revelar afectos, dores e o seu processo criativo.

VIRGINIA é o resultado dos vários cruzamentos que a obra de Virginia Woolf efectuou com a trajectória de Cláudia Abreu. A vida e a obra da autora inglesa são os motores de criação deste espectáculo, fruto de um longo processo de pesquisa e experimentação que durou mais de cinco anos. O primeiro monólogo da carreira da actriz, marca ainda a sua estreia na dramaturgia e o regresso da parceria com Amir Haddad, que a encenou em ‘Noite de Reis’ (1997). Estreado em 2022 o espectáculo teve desde então duas temporadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, tendo ainda passado por mais de 20 cidades brasileiras e registado mais de 40.500 espectadores.

A relação de Cláudia com Virginia Woolf começou em ‘Orlando’, com encenação de  Bia Lessa, em 1989, aos 18 anos. Contudo, foi em 2016 que reencontrou e mergulhou profundamente de cabeça no universo da autora. Após ler e reler alguns livros, incluindo as memórias, biografias e diários, a vontade de escrever sobre Virginia falou mais alto.

‘Eu me apaixonei por ela novamente. Fiquei fascinada ao perceber como uma pessoa conseguiu construir esta obra brilhante com tanto desequilíbrio, tragédias pessoais e problemas que teve na vida. Como ela conseguiu reunir os cacos?’, questiona a atriz, que encara ‘Virginia’ também como um marco de maturidade na sua trajectória: ‘o texto também vem deste desejo de fazer algo que me toca, que me interessa falar hoje. De falar do ser humano, sobre o que fazemos com as dores da existência, sobre as incertezas na criação artística, também falar da condição da mulher ontem e hoje. Não poderia fazer uma personagem tão profunda sem a vivência pessoal e teatral que tenho hoje’, declara Cláudia Abreu.

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