20/9/2024 a 31/12/2024 Centro de Arte Moderna da Gulbenkian reabre em Setembro

Programa de abertura extenso e variado nas artes

O CAM reabre ao público a 20 de setembro de 2024 com um extenso e variado programa que inclui performances, conversas, visitas, workshops e cinco grandes exposições, algumas delas inaugurando novos espaços expositivos do edifício.

cardapio.pt @ 28-2-2024 18:02:09

Na galeria principal estará uma exposição da artista portuguesa Leonor Antunes em que a artista propõe uma instalação imersiva que responde à especificidade arquitetónica do edifício. O projeto pretende questionar a invisibilidade das mulheres no cânone da história da arte moderna, e inclui também uma ampla seleção de obras de mulheres artistas da Coleção do CAM.

Linha de Maré, é uma exposição com obras da Coleção do CAM que estará na Galeria da Coleção durante dois anos e inclui mais de 90 obras de diferentes disciplinas artísticas. A exposição parte da Revolução de 25 de Abril de 1974 para chegar aos dias de hoje, refletindo sobre outras revoluções em curso, sobretudo aquelas que estão relacionadas com o estado do planeta. 

Uma exposição do artista luso-brasileiro Fernando Lemos irá explorar a sua relação com o Japão nos anos 60 do séc. XX. Os seus desenhos e fotografias, na maioria inéditos em Portugal, serão apresentados a par de peças de outros artistas da coleção do CAM e de gravuras japonesas da Coleção do Museu Gulbenkian.

O Japão estará também presente no programa de eventos live arts que acontece ao longo do fim de semana de abertura, alguns dos quais integrados na Engawa – Temporada de arte contemporânea japonesa, que o CAM iniciou em julho de 2023. Da temporada farão parte as exposições de Go Watanabe e Yasuhiro Morinaga.

Novo edifício

O CAM tem um edifício redesenhado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, que colaborou com o arquiteto paisagista Vladimir Djurovic, para integrar na perfeição arquitetura e natureza.

Kengo Kuma reimaginou completamente o anterior edifício do CAM, da autoria do arquiteto britânico Leslie Martin e inaugurado em 1983. A profunda reconfiguração do espaço do CAM no campus Gulbenkian parte de um projeto que ambiciona estabelecer uma maior ligação entre o edifício e a área alargada do Jardim Gulbenkian.

O projeto de Kengo Kuma pretende dissolver a fronteira entre estes dois espaços, propondo uma integração holística de todos os elementos da paisagem. A grande pala coberta de azulejos brancos de linhas suaves e orgânicas, que agora marca a fachada do novo edifício, transforma a sua entrada principal numa zona de passagem entre o CAM e o jardim, pensada para a socialização de quem o visita. Um espaço que pode ser simultaneamente de proteção e descontração, de acolhimento e de liberdade.

Kuma inspirou-se na tipologia Engawa, um caminho protegido pelo beiral do telhado, que não é totalmente interior ou exterior e que se encontra frequentemente nas casas tradicionais japonesas. O conceito Engawa está também refletido em várias características do edifício, desde a conceção de novos espaços expositivos à abertura de variados pontos de acesso.

A transparência dos volumes e a forma como a luz natural incide no seu interior pretendem sublinhar a ideia do CAM como um centro de arte aberto e acessível, onde todas as pessoas são encorajadas a fazer deste o seu espaço.

O conceito estende-se também à missão do novo CAM que propõe uma programação multidisciplinar fortemente comprometida em chegar a públicos diversificados e que convida a uma experiência mais participativa.

Em colaboração com o arquiteto paisagista Vladimir Djurovic, foi reforçada a relação entre a natureza envolvente e o edifício, que está agora mais imerso na paisagem.

cardapio.pt @ 28-2-2024 18:02:09

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