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29/5/2024 a 12/1/2025 Serralves abre a exposição“ ISDN” de Stan Douglas
Um diálogo vibrante entre culturas e movimentos sociais
A Fundação de Serralves apresenta a partir de 29 de maio uma nova exposição do artista canadiano Stan Douglas (Vancouver, Canadá, 1960). Esta importante apresentação ocupa a sala central do museu e marca um dos momentos mais significativos da programação de Serralves para o primeiro semestre de 2024, ano em que se comemora o cinquentenário do 25 de Abril.
cardapio.pt @ 23-5-2024 10:13:08
Centrada no filme ISDN (2022), inicialmente concebido para a 59ª Bienal de Veneza, em 2022, a exposição apresenta um diálogo vibrante entre culturas e movimentos sociais distintos, retratado numa performance musical fictícia entre rappers de Londres e do Cairo, cujos versos abordam questões prementes como raça, classe, amor, identidade e justiça.
ISDN é uma instalação vídeo de dois canais em grande escala que explora a música como forma de colaboração cultural transcontinental, intitulada a partir de uma tecnologia introduzida nos anos 80, utilizada para transmitir áudio digital de alta qualidade através de linhas telefónicas de cobre. A instalação de vídeo possui dois ecrãs virados um para o outro.
Encena um relato ficcionado de dois coletivos musicais em cada ecrã, a decorrer em 2011, um em Londres com os rappers de Grime, Lady Sanity e TrueMendous, e outro no Cairo com os rappers de Mahraganat Raptor e Joker, trocando versos improvisados (freestyle), supostamente transmitidos por linhas ISDN. Enquanto os rappers de Londres trocam versos de 16 barras, os artistas do Cairo ouvem e aguardam a sua vez para fazer o mesmo - ou assim aparenta ser, apesar de terem sido gravados separadamente e com semanas de intervalo, nas respetivas cidades. O espetador é posicionado entre os dois ecrãs, envolvido nesta cifra de chamada e resposta que se desenrola através dos continentes. Nos seus versos, os artistas destacam os males sociais sistémicos, levantando diretamente questões sobre raça e classe nos seus países de origem.
As camadas de som por baixo dos vocais são misturadas numa configuração em constante mudança, em permutações que levam mais de quatro semanas até se repetirem.
Para além do filme, a exposição inclui ainda duas fotografias de grande formato que têm como ponto de partida períodos cruciais de mudança social que continuam a ecoar nos nossos tempos, como a Primavera Árabe e os protestos em Londres durante o turbulento ano de 2011.
A exposição é organizada pela Fundação Serralves – Museu de Arte Contemporânea, e recebeu o apoio da Galeria David Zwirner.
A partir de 29 de Maio de 2024 até 12 de Janeiro de 2025.
cardapio.pt @ 23-5-2024 10:13:08
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