11/1/2025 a 26/1/2025 "Tudo a que se chama nada" de Carla Bolito estreia a 11 de Janeiro

De 11 a 26 de Janeiro no São Luiz Teatro Municipal - Sala Mário Viegas

Tudo A Que Se Chama Nada é uma adaptação de duas peças de teatro de Nathalie Sarraute: Por tudo e por nada e Aqui está ela. Em Por tudo e por nada, dois homens quase terminam a sua longa relação de amizade por causa de uma frase; em Aqui está ela, um homem fica perturbado pela possibilidade de uma mulher ter ouvido uma conversa que ele acabou de ter com uma outra pessoa e pela ideia de que ela tenha ficado em desacordo com o que ouviu.   A junção destas peças procura acentuar o jogo das palavras no máximo do seu esplendor e no aparente e superficial “Nada” que as personagens vivem.

cardapio.pt @ 26-12-2024 11:52:34

Surgiu do desejo de colocar a palavra no centro da ação, a palavra como um “agente provocador” que indicia várias hipóteses entre o que é nomeado, o seu significado e o seu significante, mas também do que não consegue nomear. 

O inominável, tão caro a Beckett, também foi explorado por Sarraute que para tal, cunhou um termo – tropisme/tropismo – que tomou de empréstimo das ciências exatas. Definido como o movimento impercetível que certas plantas fazem de acordo com as mudanças do seu ambiente, na obra de Sarraute define-se pela manifestação de expressões e convenções linguísticas e do lugar subterrâneo da banalidade desses discursos feitos. 

Nas suas peças, a verborreia sem significado e sem sentido aparente das personagens, revela um movimento interior e inconsciente – como o das plantas – que traduz sentimentos humanos escondidos.

Em ambas as peças, as personagens analisam obsessivamente as suas palavras até ao paroxismo. Por tudo e por nada apresenta dois homens que quase terminam a sua relação de amizade por causa de uma frase; em Aqui está ela, um homem fica perturbado pela possibilidade de uma mulher ter ficado com uma ideia errada acerca de si próprio. A junção destas peças acentua o jogo das palavras no máximo do seu esplendor, no aparente e superficial “Nada” que as personagens vivem.

Tudo a que se chama nada

Sala Mário Viegas, São Luiz Teatro Municipal, 11 a 26 janeiro - quarta a sábado, 19h30; domingo, 16h M/12

Ficha Técnica

UMA ADAPTAÇÃO DE Por tudo e por nada e Aqui está ela de Nathalie Sarraute TRADUÇÕES Ricardo Marques e Carla Bolito ENCENAÇÃO Carla Bolito ELENCO Álvaro Correia, Anabela Brígida, João Cabral, Marcello Urgeghe DESENHO DE LUZ Daniel Worm CENOGRAFIA Carlos Bártolo FIGURINOS Ricardo Preto PRODUÇÃO EXECUTIVA Lorena Pirro APOIO SPA – Fundo Cultural COPRODUÇÃO Estado Zero e São Luiz Teatro Municipal

Fotografias ©EGEAC – Teatro São Luiz, Pedro Rosário Nunes

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