Santuário do Bom Jesus candidato a património da Humanidade

O encontro teve como objectivo a sensibilização e a mobilização da comunidade local e das forças vivas do Município, para a referida candidatura. Lídia Dias convidou a população bracarense a participar nas iniciativas programadas para os próximos dias 18 e 19 do presente mês de Janeiro: “queremos ver os Bracarenses apaixonados por esta causa”, declarou.

Miguel Bandeira, Vereador do Património da cidade de Braga, acredita que não se pode pensar o futuro se não nos baseamos nas sólidas referências do passado: “nessa premissa reside a chave do sucesso de qualquer estratégia de desenvolvimento, particularmente no domínio turístico”, declarou.

“O próprio escadório do Bom Jesus está orientado para a visão central de quem o observa da cidade, portanto, esta relação entre o Bom Jesus e o centro da cidade é uma relação já muito antiga e que deve ser aprofundada, e ser cada vez mais exaltada, como um dos símbolos mais abrangentes da nossa sociedade”, referiu.

É neste sentido que a Câmara Municipal de Braga organiza a iniciativa «À Descoberta de Braga». As actividades programadas para os dias 18 e 19 de Janeiro acontecem no contexto da candidatura do Santuário do Bom Jesus do Monte a Património da Humanidade pela UNESCO e visam a promoção do património e história locais junto dos Bracarenses.

Varico Pereira, da Confraria do Bom Jesus, explicou que “as candidaturas à UNESCO necessitam de ser vividas, de ser dinâmicas, inovadores e mobilizadores de gentes e vontades”, cumprindo estas premissas o objectivo de revelar este património candidato uma edificação viva no seio da sociedade em que se insere. Justamente por isso, o evento «À Descoberta de Braga» irá transpor as iniciativas programadas para o próximo fim-de-semana e dar origem a visitas guiadas e sessões públicas sobre temáticas relacionadas com a história numa cadência mensal.

“O Bom Jesus é, por si só, uma convergência de tradições religiosas e espirituais, profundamente entranhadas na nossa comunidade e no nosso povo. Trata-se de um santuário que a história acabou por se converter numa estância que, devido ao seu potencial turístico, acentua a vertente do turismo religioso como uma dimensão estratégica incontornável, e que acabou por se tornar numa síntese muito feliz e muito importante da ligação dessa dimensão e dessa tradição aos desígnios do lazer, do bem-estar, da qualidade de vida e da própria biodiversidade dessa mata que envolve todo o santuário”, explicou Miguel Bandeira, exaltando as razões incontornáveis que votam o Bom Jesus a candidato ideal a Património da Humanidade.