12/6/2015 a 30/8/2015 Exposição Comemorativa do Centenário de Artur Azevedo no Museu do Campo Alentejano

O Município de Avis, que tem honrado a sua memória, através da exposição de algumas das suas ferramentas de trabalho, vai realizar, no ano do centenário do seu nascimento, de 12 de junho a 30 de agosto de 2015, num local indelevelmente associado à Memória deste autodidata – O Museu do Campo Alentejano (MUSCA), uma Exposição que dará a conhecer um dos núcleos mais importantes e completos deste espaço, essencialmente etnográfico, constituído pelo espólio depositado pelo Mestre “nas mãos” do Município.

Mestre Artur José Azedo nasceu nas Galveias, no ano de 1915, no seio de uma família com uma vasta tradição no ramo da marcenaria e da construção civil, com extensão à conservação de peças e edifícios. Uma questão de sangue. O seu avô paterno era marceneiro. Dele herdou o pendor e a mestria desta nobre arte. Arte que já vem de longe, de muito longe. Portanto, Mestre Artur Azedo cumpriu a tradição familiar. De dia, como aprendiz de marceneiro, com um Mestre, por acaso seu avô. De noite estudava na Escola Comercial e Industrial de Évora.

Quando terminou os estudos, uns amigos conseguiram-lhe o lugar de professor de marcenaria e de desenho de móveis no Internato de Santo António, em Portalegre.

Mas, logo que pôde, Mestre Artur Azedo começou a trabalhar por conta própria. Na sua oficina, com a colaboração de alguns dos alunos mais velhos do Internato, deu forma a autênticas obras de arte, quer na criação, quer no restauro de móveis que, anos depois, ainda é possível encontrar nas mãos de familiares e clientes.

Já reformado, dedica-se a escrever poesia popular. Como pico da sua carreira poética lembramos alguns livros e poemas, de seus títulos “Sem Fim...” e “A Minha Casa e a Miscelânea dos Meus Versos”, assim como muitas outras páginas inéditas publicadas... a pulso. Trabalhos literários reveladores dos detalhes da sua paixão pela Marcenaria, essa minuciosa arte capaz de enlevar, por horas e horas, o espírito deste artesão que, por entre pedaços de madeira, parafusos, lixas e muitos outros apetrechos, executava pacientemente o delicado trabalho de marceneiro.

A Exposição é visitável de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00.