Museu de Arte Contemporânea de Serralves é o Museu Português do ano

O prémio distingue o melhor museu inaugurado ou substancialmente renovado nos últimos dois anos, tendo também em consideração critérios de qualidade e inovação.

A Ala Álvaro Siza é constituída por três pisos (um piso de arquivos e dois pisos de exposição), e acrescentou 1.975 m2 à área expositiva (um aumento de 44%) a 75% à área de reservas do Museu.

Com a inauguração da Ala Álvaro Siza — um momento que celebrou não só o crescimento institucional de Serralves e a sua consolidação como espaço de referência, mas também presta uma homenagem ao seu autor, o Arq. Álvaro Siza, uma das figuras mais proeminentes da arquitetura mundial, com grande ligação à Fundação —, a arquitetura passou a contar com um espaço exclusivamente dedicado. A nova Ala, que inclui também um piso destinado à Coleção de Serralves, promove o desenvolvimento de narrativas inovadoras sobre a arquitetura e a arte contemporânea, no plano nacional e internacional, estabelecendo um diálogo permanente entre inúmeros autores e movimentos.

O reconhecimento da APOM valoriza a forma como o Museu de Serralves desenvolve uma atividade museológica exemplar, com uma coleção representativa da identidade cultural portuguesa, promovendo simultaneamente a investigação científica e museológica que contribui para o avanço do conhecimento nas áreas que representa. O júri destacou também o papel do museu no desenvolvimento social e na promoção do equilíbrio ambiental, refletindo um compromisso alargado com os desafios contemporâneos da sociedade.

Adicionalmente, foi sublinhada a aposta consistente na educação e na formação patrimonial junto de diferentes públicos e faixas etárias, bem como a qualidade das infraestruturas que sustentam o desenvolvimento das suas funções museológicas e de gestão. Esta distinção reforça o posicionamento de Serralves como uma referência cultural de excelência em Portugal e no contexto internacional.

Serralves tem continuamente expandido a sua Coleção, através de aquisições e do acolhimento de importantes acervos, tanto por doação como por depósito. Além de consolidar o papel do Museu de Serralves como um espaço de preservação da memória e de produção de conhecimento nesta área, a inauguração da Ala Álvaro Siza reforçou a capacidade  de atrair para Serralves arquivos artísticos de grande relevância internacional.

Entre os arquivos acolhidos por Serralves estão o Arquivo Álvaro Siza, Arquivo Manoel de Oliveira, o Arquivo Pedro Cabrita Reis e Arquivo Julião Sarmento, e ainda o Arquivo Álvaro Siza/Carlos Castanheira, o Arquivo Tereza Siza, o Arquivo Atelier RE.AL de João Fiadeiro, o Arquivo Vera Mantero, o Arquivo Fernando Guerra e o Arquivo António Mendes, entre outros.

A Fundação de Serralves reúne uma coleção de arte de grande relevância internacional, com mais de 5600 peças, entre obras de sua propriedade e obras em depósito de longa duração provenientes de várias coleções públicas e privadas. Serralves é também detentora de uma das mais importantes coleções de livros e edições de artista da Europa.