11/9/2024 a 15/12/2024 Revelada programação do Teatro Nacional São João para a temporada setembro–dezembro 2024

Temporada inicia a 11 de Setembro

A nova temporada do TNSJ traz seis estreias absolutas, entre as quais duas produções próprias e quatro coproduções. Programa comemorativo dos 500 anos do nascimento de Camões e uma Conferência Internacional de Dramaturgia marcam a programação do teatro nacional portuense para os próximos meses. O Teatro Nacional São João acaba de anunciar a programação artística para os últimos quatro meses de 2024. A nova temporada arranca a 11 de setembro, no Teatro Carlos Alberto, com a estreia do monólogo Homens Hediondos, de David Foster Wallace, uma encenação de Patrícia Portela com interpretação do diretor artístico da casa. Ainda em setembro, Nuno Cardoso volta a assumir a encenação das produções próprias com o regresso de As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, ao palco do Teatro São João. Já em novembro, leva à cena O Pelicano, de August Strindberg, com o elenco residente do TNSJ.

cardapio.pt @ 11-9-2024 14:39:49

No ano em que se comemora o quinto centenário do nascimento do poeta Luís de Camões, o São João começa a assinalar a efeméride com um conjunto de atividades desenvolvidas no âmbito do Centro Educativo, que se prolongam até 2025. Quase a terminar o ano, o TNSJ organiza uma Conferência Internacional de Dramaturgia com a União de Teatros da Europa, rede que reúne atualmente 24 teatros públicos do espaço europeu.

Homens Hediondos, As Bruxas de Salém e RE: Antígona inauguram temporada 2024/2025

Setembro arranca com dois espetáculos em estreia absoluta e um regresso. No primeiro espetáculo da temporada, Homens Hediondos, de David Foster Wallace, o diretor artístico da casa, Nuno Cardoso, delega a encenação à encenadora e escritora Patrícia Portela e assume o papel de ator. A nova produção do TNSJ estreia-se a 11 de setembro, no Teatro Carlos Alberto, e fica em cena até ao dia 14. Cinco dias depois, o TeCA acolhe mais uma estreia. Desta feita, uma coprodução: RE: Antígona – um espetáculo Teatro Praga. Com texto original de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes, está em cena de 19 a 22 de setembro.

Já o Teatro São João reabre as portas ao público a 27 de setembro para acolher o regresso de As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, com encenação de Nuno Cardoso. 

Mais de um ano depois, as “bruxas” da pequena localidade de Salém voltam a assombrar o palco do São João, onde o espetáculo se estreou em março de 2023. Ainda antes das oito derradeiras récitas no Porto, o espetáculo vai até Guimarães para uma única apresentação no Centro Cultural Vila Flor, no dia 21 de setembro. Depois da carreira de apresentações no São João, entre 27 de setembro e 6 de outubro, parte numa digressão internacional com paragens em Espanha e na Sérvia. 

A 19 de outubro, apresenta-se no Auditório da Galiza, em Santiago de Compostela, e, a 4 de novembro, no Yugoslav Drama Theatre, em Belgrado. Termina a digressão em Lisboa, no São Luiz Teatro Municipal, onde se apresenta entre 13 e 15 de dezembro.

Camões 500 – Um programa especial para celebrar Camões

Para assinalar o quinto aniversário do nascimento do poeta Luís de Camões, o Teatro Nacional São João apresenta um programa especialmente dedicado à efeméride. 

Enquadrado na programação dirigida ao público em idade escolar, o programa Camões 500 compreende um conjunto de atividades que colocam a épica e a lírica camonianas no centro de dois projetos nucleares do Centro Educativo: o Visitações e os Clubes de Teatro dos 8 aos 88.

A celebração culmina no próximo ano com a estreia de Babel, uma peça-roteiro que parte de Os Lusíadas para viajar pela história da língua portuguesa. O espetáculo dirigido por Nuno Cardoso estreia-se em junho de 2025, mas até dezembro há um Estaleiro Camões e um Atelier 200, onde criadores, atores, alunos e comunidades estrangeiras vizinhas dos teatros São João e Carlos Alberto se reúnem para testar as possibilidades performativas abertas pelo texto matricial de Camões. 

Em maio de 2025, António Fonseca dá voz a duas propostas de escuta do épico camoniano: De Lisboa à Índia – Ida destina-se ao público escolar e De Lisboa à Índia – Ida e Volta convida o público em geral para uma desconstrução de Os Lusíadas.

Nova produção própria: O Pelicano, de August Strindberg

Em novembro, o TNSJ estreia a terceira produção própria do ano, a segunda encenada por Nuno Cardoso com o elenco da casa – Joana Carvalho, Lisa Reis, Patrícia Queirós, Paulo Freixinho e Pedro Frias. 

Depois de Fado Alexandrino, de António Lobo Antunes, o diretor artístico do TNSJ vai levar à cena O Pelicano (1907), do dramaturgo sueco August Strindberg. Uma peça desconcertante, que retrata os conflitos e as mudanças trágicas que ocorrem numa família no seguimento da morte do pai. O Pelicano estreia-se a 21 de novembro no Teatro São João, onde fica em cena até 8 de dezembro.

Coproduções com companhias nacionais em estreia absoluta

Em 2024, o Teatro Nacional São João reforça a sua colaboração com companhias de teatro do país, e em especial com as sedeadas na cidade do Porto. Depois de RE: Antígona, espetáculo coproduzido com o Teatro Praga, segue-se a estreia de As grandes comemorações quase oficiais do período habitualmente conhecido como PREC (Processo Revolucionário em Curso). Com encenação de Gonçalo Amorim, o espetáculo revisita alguns dos principais momentos e protagonistas do PREC (1974-75) cinquenta anos depois. Coproduzido com o Teatro Experimental do Porto e a ASSéDIO, está em cena no TeCA de 3 a 6 de outubro.

Quase a entrar em novembro, o TNSJ estreia, em parceria com o Teatro do Bolhão, a adaptação para a cena da mais célebre obra do escritor Camilo Castelo Branco. Amor de Perdição, com encenação de Maria João Vicente, é um espetáculo dirigido a alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. Está em cena de 31 de outubro a 10 de novembro, no Teatro Carlos Alberto. 

Já com o Teatro da Rainha, o São João coproduz Na República da Felicidade (2012), do dramaturgo britânico Martin Crimp. Uma peça sobre a família e a sua destruição, que põe a descoberto o desamor, a competição, a inveja, o ciúme e a ambição. Com encenação de Fernando Mora Ramos, está em cena de 22 a 24 de novembro, no TeCA.

O FIMP no TNSJ

Em outubro, o TNSJ volta a receber o Festival Internacional de Marionetas do Porto, acolhendo dois espetáculos e uma exposição no Teatro Carlos Alberto. O FIMP no TNSJ arranca nos dias 11 e 12 de outubro com Géologie d’une Fable, uma produção da companhia libanesa Collectif Kahraba, com interpretação de Aurélien Zouki e Éric Deniaud. A 16 e 17 de outubro, Igor Gandra, diretor artístico do FIMP, assume a encenação e interpretação de Dura Dita Dura. O espetáculo, com texto de Regina Guimarães, tem como público-alvo crianças a partir do 4.º ano do ensino básico. Entre 11 de outubro e 10 de novembro, estará em exibição no TeCA a exposição-viagem Fimpografias, da fotógrafa Susana Neves, que nos guia por dez anos (2010-20) de registos fotográficos do festival.

Conferência Internacional de Dramaturgia

De 5 a 7 de dezembro, o Teatro Nacional São João será anfitrião de uma Conferência Internacional de Dramaturgia, organizada em parceria com a União de Teatros da Europa (UTE). O evento reúne um conjunto diversificado de oradores que, durante quatro dias, vão procurar analisar a natureza colaborativa da criação teatral, questionar os limites e as potências da dramaturgia para intervir na atividade política e examinar o impacto da globalização na narrativa teatral. O TNSJ vai ainda acolher, no TeCA, no dia 8 de dezembro, a Assembleia Geral da UTE, que se realiza pela quarta vez na cidade do Porto.

Concertos, Rei Édipo e (novamente) O 25 de Abril Nunca Aconteceu

A programação do Teatro Nacional São João para os próximos quatro meses fica completa com a apresentação do espetáculo internacional Rei Édipo, de Sófocles, nos dias 18 e 19 de outubro, no Teatro São João. Numa produção do Yugoslav Drama Theatre (Belgrado, Sérvia), é num bar-boîte de film noir que o esloveno Vito Taufer encena esta versão contemporânea da tragédia grega.

A 19 e 20 de outubro, o Mosteiro de São Bento da Vitória, palco da programação musical do TNSJ, recebe o concerto Variações Goldberg, de J.S. Bach, revisitado pelo pianista Pedro Burmester. Já a 12 de dezembro, o Mosteiro acolhe o primeiro concerto da quarta edição do ciclo MUSICAL-MENTE. Os três concertos desta edição, dedicados a Vivaldi, Liszt e Piazolla, são antecedidos por prelúdios poéticos.

O palco do Teatro São João vai ainda acolher, de 24 a 27 de outubro, o espetáculo Terminal (O Estado do Mundo), com encenação de Miguel Fragata e texto de Inês Barahona, e, a 31 de outubro e 1 de novembro, o espetáculo musical O Rouxinol, de Hans Christian Andersen, uma produção do Teatro Nacional de São Carlos.

A terminar o ano, o Teatro Carlos Alberto volta a receber O 25 de Abril Nunca Aconteceu, peça que se estreou nesse palco em abril, no âmbito das comemorações do cinquentenário da Revolução dos Cravos. Depois da esgotadíssima temporada de estreia, a coprodução do TNSJ com o Teatro da Palmilha Dentada, com texto e encenação de Ricardo Alves, está de regresso de 12 a 20 de dezembro.

A programação do Teatro Nacional São João para a temporada setembro–dezembro 2024 está disponível em tnsj.pt.

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