Novidades Livros (30 de Novembro a 6 de Dezembro de 2023)
cardapio.pt @ 20-11-2023 19:06:15
A Quinta das Modernices de Maria Luísa Santos
Editora: Editorial Novembro
Sinopse: Alberto Surpresa, um excêntrico dono de uma Quinta, decide ensinar os seus animais a ler e a conhecer os números para deixarem a vida preguiçosa que todos levam. Umas férias na capital para o merecido descanso trazem-lhe novidades que nunca esperava presenciar. Os animais aprenderam a usar as novas tecnologias e exigem um horário para as utilizarem, sob pena de não fornecerem o leite para o fabrico dos queijos tão apreciados na região.
Obrigado a ceder, Alberto acaba por ser compensado porque os animais não suportam tanto tempo fechados na sala, e preferem usufruir do ar livre, do sol e dos montes que rodeiam a casa, guardando apenas uma hora para continuarem a comunicar com os amigos, ouvirem música e jogarem.
Não Há Vidas Perfeitas Uma autobiografia sem filtros de Fernanda Serrano
Editora: Oficina do Livro
Sinopse: Num registo confidente e intimista, Fernanda Serrano abre o livro da sua vida ao completar 50 anos de idade. Em não há vidas perfeitas, a atriz recua à sua infância, marcada pelo amor dos pais mas também por dificuldades económicas e alguma solidão, recorda a sua independência financeira precoce graças a uma beleza física de que não tinha consciência, lembra a sua evolução como modelo e revela um instinto invulgar para agarrar oportunidades, como o casting inesperado em Barcelona onde descobriu a paixão de representar.
Fernanda fala-nos ainda do sonho concretizado de construir uma família grande, de adversidades como o divórcio e todo o sofrimento associado a essa decisão, das suas referências pessoais e profissionais, como Nicolau Breyner e Pedro Lima, do despertar tardio para a importância da saúde mental e dos numerosos planos para um futuro que começa hoje e agora. Numa era de felicidade fabricada nas redes sociais, NÃO HÁ VIDAS PERFEITAS é um testemunho profundamente autêntico e, também, um ato de coragem protagonizado por uma cas mais prestigiadas e carismáticas atrizes portuguesas.
Pais e Atletas no Futebol Um estudo sobre comportamentos de AF Santarém
Editora: Cultura Editora
Sinopse: Este livro apresenta os resultados do estudo Joga limpo: desporto e direitos humanos - os atletas, o seu público e o seu suporte social, desenvolvido pela Associação de Futebol de Santarém.
A recolha, centrada nos jogadores dos escalões de formação de futebol ou futsal no distrito de Santarém, organizou as respostas à seguinte pergunta: o que gostarias de dizer aos teus pais e ao público que está a assistir quando ofendem jogadores, árbitros ou treinadores?
Apresentando as respostas dadas pelos jovens (bem como as dos respetivos pais...), Pais e atletas no futebol constitui um documento essencial para perceber, e talvez resolver, um dos problemas do futebol em Portugal.
Este livro fez essa pergunta. E tem centenas de respostas.
Aqui Dentro Faz Muito Barulho de Bruno Nogueira
Editora: Dom Quixote
Sinopse: Escrever é o ato de pensamento mais justo. Obriga à escolha cuidadosa das palavras, a recuperar o pensamento que estava fixado e a fazê-lo voltar a mexer-se. Muitas vezes faz com que terminemos com o resultado contrário ao que tínhamos como certo antes de escrever a primeira palavra. Escrever crónicas obriga a um pensamento constante sobre o que nos rodeia, mas o que nos rodeia nem sempre é companhia aconselhável, e pensar sobre isso pode aumentar - para o bem e para o mal - o que antes não se via. Quando me convidaram para escrever crónicas semanais na revista Sábado (que sai à quinta, já agora), foi essa a minha dúvida: quais seriam as consequências de escolher mais uma maneira de ver de perto as coisas que me aleijam? Para me contrariar, aceitei. Enquanto escrevia dei por mim muitas vezes a pôr em causa o que pensava antes e a pensar sobre o que isso quereria dizer.
Não cheguei a conclusão nenhuma, mas ao preparar este livro percebi que as coisas dentro da minha cabeça fazem muito barulho. Ordená-las e escrevê-las é ainda o último reduto de sanidade contra esse ruído. Este livro é uma compilação dessas crónicas que escrevi e que agora vieram para aqui viver todas juntas.
Poesia Reunida seguido de Água Selvagem de Paula Tavares
Editora: Editorial Caminho
Sinopse: Este livro reúne a poesia de Paula Tavares publicada nos seus anteriores livros e acrescenta ainda um de originais: Água Selvagem
Curva a tua cabeça, irmã
Sobre o horizonte que habitas
andaste montes e vales
para agora teres o rio só para ti
Dorme então
entre o som e o mistério.
Não Tenho Casa se Esta não For a Minha Casa de Lorrie Moore
Editora: Relógio D'Água
Sinopse: Um professor que visita o seu irmão moribundo no Bronx. Um diário misterioso do século XIX roubado de uma pensão. Um palhaço terapêutico e um assassino, ambos supostamente mortos. Catorze anos depois do seu último romance, Uma Porta nas Escadas, Lorrie Moore regressa com uma história de fantasmas que decorre nos séculos XIX e XXI. Com os seus singulares jogos de palavras, humor e sabedoria, Moore tece considerações sobre luto, devoção filial e romântica, o desaparecimento e a persistência de todas as coisas — visíveis e invisíveis — e o que significa ser assombrado pelo passado, tanto pela história como pelo coração humano.
Polarização Ensaios de História, Filosofia e Teoria Política
Editora: Alêtheia Editores
Sinopse: No mundo contemporâneo acirrado por polémicas freneticamente escalpelizadas nas redes sociais, tem sido um dos raros pontos de alargada concórdia a crescente polarização do debate político.
O escândalo, a indignação, a denúncia, o "cancelamento", o embate entre valores tradicionais com novas formas de identificação individual, tudo tem contribuído para esse ambiente carregado de conflitos bem polarizados entre extremos crescentemente inconciliáveis.
A presente obra procura analisar esta nova realidade à luz de diferentes perspectivas, entre elas a histórica, filosófica e política, por forma a melhor se compreender este fenómeno a que comumente se chama polarização, mas sobre o qual pouco se tem escrito ou reflectido.
De onde vem? Para onde vai? Pela mão da Oficina da Liberdade um conjunto de reflexões são aqui apresentadas a um público leigo, mas interessado.
Alguém Falou sobre Nós de Irene Vallejo
Editora: Bertrand Editora
Sinopse: A sociedade contemporânea vive imersa no imediatismo. Prioriza, sobretudo, o novo e o superficial e não tem tempo para ponderar ou olhar para trás. Felizmente, livros como este convidam-nos a fazer uma pausa para dar espaço às ideias.
Como indica o título desta compilação de colunas de Irene Vallejo publicadas no Heraldo de Aragón, alguém falou sobre nós há dezenas, centenas de anos, milénios. A autora ensina-nos que ainda é possível encontrar apoio nesse rico sedimento de história, pensamento e cultura, acumulado ao longo de séculos.
A prosa límpida, a curiosidade inquieta e a paixão fervorosa com que a autora olha para a sabedoria clássica são um lembrete bem-vindo de que a Antiguidade ainda está viva em nós hoje, e que a história não é um processo linear, mas um diálogo intemporal em constante desenvolvimento.
Olhando para o passado, Irene Vallejo projeta um novo olhar sobre este mundo cada vez mais incerto, confuso e labiríntico, e fá-lo com uma voz precisa e lírica, que tem a rara qualidade de falar diretamente à experiência pessoal e ao íntimo de cada leitor.
História(s) do Estado Novo As palavras, os factos e as figuras que marcaram o regime ditatorial português de Marcelo Teixeira
Editora: Clube do Autor
Sinopse: História(s) do Estado Novo constitui uma viagem a uma época singular, proporcionando ao leitor a descoberta de frases admiráveis, protagonistas esquecidos e histórias que não deixarão de o surpreender.
«O jornal é o alimento espiritual do povo e deve ser fiscalizado como todos os alimentos.»
Salazar
«Desde que teoricamente acabaram as guerras, elas têm proliferado como nunca, em todo o lado.»
Américo Tomás
«Pouco importa às pessoas saber que têm os direitos reconhecidos em princípio, se o exercício deles lhes é negado na prática.»
Francisco Sá Carneiro
«Eu próprio já fui em tempos vítima da censura e confesso-lhe que me magoei, que me irritei, que cheguei a ter pensamentos revolucionários…»
Salazar
Le Cabaret Rock de Michel Alex
Editora: Edições Trebaruna
Sinopse: Esta narrativa começa onde a corrente mais convencional dos palcos cessa: na melancólica estética Cabaret Rock. Uma arte subjugada pelo absurdo e o fantástico, pela preocupante sátira surreal e a acutilante sombra psicológica. A irreverente história Le Cabaret Rock surge agora na sua versão de romance, depois do seu espectáculo teatral, do seu álbum discográfico, e do posterior episódio televisivo, ambos homónimos. No ano da sua estreia, em 2012, esta dramaturgia recebeu os aplausos de 40 mil espectadores ao vivo, mantendo-se até hoje, ao longo de sucessivas temporadas, como o espectáculo mais representado nos Nirvana Studios.
O que faz todo o sentido, tendo em conta que este insólito imaginário, baseado em factos reais, foi o resultado de vários processos alquímicos. Simultaneamente, nesta que é também uma radiografia ao alter ego Michel Gigolo, o autor cravou as unhas da sua memória bem no âmago da narrativa — permitindo-lhe, graças a essa dicotomia, uma perfeita liberdade para revisitar acontecimentos controversos que só podiam, até à data, ser sussurrados num diminuto círculo de pessoas, com passados extravagantes.
Demon Copperhead de Barbara Kingsolver; Tradução: Gonçalo Neves e José Remelhe
Editora: Suma de Letras
Sinopse: Demon Copperhead vive com a mãe adolescente nas montanhas do sul dos Apalaches, sem nada além da boa aparência do seu falecido pai e do seu cabelo acobreado, um espírito cáustico e perspicaz, e um feroz talento para se desenvencilhar numa vida dominada pela pobreza.
Narrando a sua história pela sua própria voz implacável, Demon demonstra uma capacidade notável de sobreviver a orfanatos, a trabalho infantil e a escolas terríveis, equilibrando ao mesmo tempo o seu sucesso atlético com uma epidemia de opiáceos, desgostos amorosos e perdas avassaladoras.
Muitas gerações antes, Charles Dickens escreveu David Copperfield partindo da sua experiência como sobrevivente da pobreza institucional e relatando as suas consequências nocivas para as crianças na época em que viveu. Esses problemas ainda não foram resolvidos na nossa sociedade. Ao inspirar-se nessa obra e ao transpor um romance vitoriano para uma américa contemporânea, Barbara Kingsolver recorre à raiva e à compaixão de Dickens e, acima de tudo, à sua fé no poder transformador de uma boa história.
Sobre os Sonhos de Sigmund Freud
Editora: Crisântemo
Sinopse: Sobre os Sonhos é a versão mais concisa, sem com isso perder o rigor, que Sigmund Freud fez da sua melhor obra (palavras do autor), a Interpretação dos Sonhos.
Com este livro, Freud pretendeu dar ao público uma edição excepcionalmente clara da sua teoria dos sonhos, oferecendo aos leitores uma explicação de como funcionam e de qual é o papel que neles têm o desejo, os mecanismos de censura e o recalcamento.
Também os sonhos das crianças, com a criatividade que lhes é inerente, são analisados neste Sobre os Sonhos, permitindo-nos reconhecer estruturas mentais que levamos para a idade adulta.
Aqui, irá encontrar tudo aquilo que precisa de saber sobre como analisar os sonhos e as formas como estes transfiguram coisas e pessoas para que possa ter consciência dos desejos reprimidos e conseguir perceber melhor a sua mente. E, como não poderia deixar de ser, Freud não deixa de fora a sexualidade, realçando o erotismo que palpita nos nossos sonhos, nem a delicada arte de interpretar os símbolos oníricos.
O Avesso da Tapeçaria Notas sobre a arte da tradução de Alberto Manguel; Tradução: Rita Almeida Simões
Editora: Tinta da China
Sinopse: A reencarnação de um texto em palavras que não são as originais é talvez uma das maiores provas do poder criativo do leitor. A tradução é a mais profunda e elevada forma de leitura. Penetrar num texto, desmontá-lo, reconstruí-lo com palavras e frases que obedecem às normas de outros ouvidos e de outros olhos é dar uma nova vida a esse texto, agora mais consciente das suas costuras e da sua dívida ao acaso e ao prazer. É por isso que escolho aqui falar da tradução em fragmentos que o próprio original desconsidera, ou rejeita, ou dos quais se envergonha — tudo aquilo que fica exposto (como Dom Quixote diz) no caótico avesso de uma tapeçaria. — Alberto Manguel «Até bastante tarde na minha infância, não soube que existia uma coisa chamada tradução.
Fui criado por uma ama checa, em inglês e alemão, e aprendi espanhol já com oito ou nove anos. Ao longo da infância, usei as minhas primeiras línguas indiscriminadamente, sem privilegiar uma em detrimento da outra, e nunca pensei nelas como reinos isolados com fronteiras rígidas que tivesse de atravessar. Para mim, a linguagem era uma espécie de Babel convivial constituída por vários conjuntos de palavras, diferentes em som e peso, mas semelhantes em sentido e valor. Só me apercebi de que não era assim para toda a gente quando um dia, na escola, sentindo-me inseguro no meu espanhol, falei com a professora argentina em inglês e recebi uma severa repreensão.
Foi assim que aprendi que existiam fronteiras linguísticas e que eu tinha de as respeitar. Nunca o consegui fazer.»
Zona de Impacto de António Mateus
Editora: Clube do Autor
Sinopse: O jornalista António Mateus e as suas equipas estiveram, no total, mais de 100 dias na Ucrânia. Percorrendo mais de 40 mil quilómetros, quase sempre junto à linha da frente, foram testemunhas do impacto da guerra na vida quotidiana, nos tempos de sementeira, de colheita e de temperaturas negativas brutais.
Como resistem estas pessoas?
Quem são os heróis que todos os dias arriscam a vida?
Como conseguem manter a esperança?
Uma partilha nua e crua do dia a dia num país em guerra, determinado em recuperar a sua independência e liberdade.
«- Está preocupado? É só estuque! - alvitra ele, sorridente, coçando a barba farta que lhe faz jus à alcunha que lhe puseram na rede de voluntários: Kolya, o Pai Natal. Pergunto-lhe o porquê do apelido, para lá do lado cénico. E ele explica: - Começaram a chamar-me assim depois de me verem chegar com prendas para os meninos, doces e brinquedos, nas zonas mais atingidas pela guerra. Principalmente entre o Natal e o Ano Novo, mas também noutras alturas. Sempre gostei muito de crianças e toda esta loucura rouba-lhes a infância. Era o mínimo que eu podia fazer.»
Mykola, o Pai Natal de Bakhmut
Linha Avançada O futebol à mesa de José Nunes
Editora: Prime Books
Sinopse: José Nunes é um conhecido comentador de futebol (RTP e Antena 1). Na Antena 3 é autor de uma das mais antigas rubricas da nossa rádio - que tem, precisamente, 26 anos!
Este livro comemora a longevidade da rubrica da Linha Avançada e, para isso, o autor convidou 26 grandes figuras do nosso futebol, ou com ele relacionadas, que, à mesa do restaurante que cada um escolheu, contaram as histórias mais curiosas e humoradas que viveram ao longo da sua ligação à mais popular modalidade do mundo.
Figuras como Manuel Fernandes, Toni, António Oliveira, Jorge Andrade, Carlos Manuel ou Aurélio Pereira, para citar apenas alguns dos participantes, dispensam apresentações. Trata-se, assim, de um livro que nos remete para os bastidores do lado bom do futebol, de leitura fácil e divertida. Um belo presente para qualquer amante do futebol.
Antes que Me Esqueça A Diplomacia e a Vida de Francisco Seixas da Costa
Editora: Dom Quixote
Sinopse: «Sem querer estar a repetir a fórmula que Magritte usou para a imagem do cachimbo, começo por deixar claro que as recordações que junto neste volume, embora podendo à primeira vista parecê-lo, não representam as memórias das quase quatro décadas que passei na diplomacia e, conjunturalmente, na atividade política. Não excluo que, um dia, possa ir por esse caminho, mas não é o caso deste livro.
Aqui apenas se acolhem textos que fui inserindo, entre 2009 e 2022, no meu blogue Duas ou Três Coisas, nos quais registei factos, episódios e retratos retirados daquelas minhas experiências, que entendi poderem oferecer algum interesse de leitura. São o produto de uma escrita solta, ao ritmo rápido da tecla, ao jeito da linguagem despretensiosa que é corrente nas plataformas de comunicação imediata.» Francisco Seixas da Costa
A Nossa Cozinha de Maria José Sousa
Editora: Casa das Letras
Sinopse: Depois do sucesso do programa A Nossa Cozinha, do canal Casa e Cozinha, Maria José Sousa, alentejana de gema e alma da cozinha do restaurante Taberna do Adro, em Vila Fernando (Elvas), traz-nos agora, sob a forma de livro, algumas das receitas mais acarinhadas pelos portugueses. São receitas de norte a sul de Portugal, cheias de tradição mas simples para fazer em casa, que apresentou no programa, juntamente com as histórias que alimentam e recordam cada uma delas.
Nada como começar uma refeição com uns Carapaus de escabeche ou uns Peixinhos da horta, ou aconchegarmos o estômago com uma Açorda alentejana com ovos e bacalhau ou Sopas de batata com beldroegas. Ou, por que não, presentearmos a nossa família e os mais próximos, num almoço de domingo, com uma Feijoada de chocos (à moda do Algarve) ou uma Meia-desfeita? E deliciarmo-nos com um Arroz de pato ou uma Galinha tostada com migas de tomate? Já para não falar de dificuldades em resistir às tradicionais Farófias ou a uma bela fatia de Sericá com ameixas de Elvas.
São estes pratos tradicionais, entre muitos outros, que pode agora revisitar no livro A Nossa Cozinha, e partilhar com quem mais gosta. Pois cozinhar é mimar.
O Cultivo de Flores de Plástico de Afonso Cruz
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: Lili ocupa o tempo de sobra a experimentar chaves em portas. O couraçado Korzhev dobra e desdobra mapas e carrega no bolso conchas que lhe devolvem a maresia. A senhora de fato suspira pelo tempo em que vivia uma vida alcatifada, com dois carros, um cão e um gato. Jorge sabe que bastou um passo em falso para ir parar ali. É o que separa as pessoas que vivem em casas das pessoas que vivem na rua: um passo mal dado.
Num texto belíssimo, pleno de dor e ironia, Afonso Cruz imagina as vidas de um grupo de pessoas que vive debaixo do mau tempo, abaixo da linha mínima da dignidade e conforto que deveria caber a cada pessoa. O Cultivo de Flores de Plástico é um apelo para que olhemos para os seres invisíveis das nossas cidades.
História da Nação Portuguesa de Yves Léonard
Editora: Planeta
Sinopse: Portugal é um país singular. Pequeno retângulo de terra, com destino global, cujas fronteiras se mantêm inalteradas desde o século XIII, Portugal impressiona pela sua antiguidade e estabilidade.
Yves Léonard, historiador especialista em História de Portugal, parte dos primeiros lusitanos liderados por Viriato, passando por grandes figuras históricas como o infante D. Henrique e Vasco da Gama, até aos dias de hoje, abordando as mais diferentes áreas - da política, economia, literatura desporto - para refletir acerca da construção progressiva da ideia de nação portuguesa.
Ao longo destas páginas ficamos a conhecer a História de Portugal, os seus momentos de glória, mas também os mais negros, como o tráfico de escravos, as conquistas coloniais e a ditadura de Salazar. Um país feito de contrastes, fortalecido pela sua grandeza passada, vivendo com o sentimento de nostalgia da época de ouro da expansão marítima.
Um país onde, ao longo dos tempos, se multiplicaram as questões relativas à identidade nacional, sob o impacto de crises económicas e sociais que alimentaram uma emigração significativa. Uma nação que continua a querer ser maior do que o seu território retangular continental.
A Árvore Despida de Keum Suk Gendry-Kim
Editora: Levoir
Sinopse: Em 1950, quando rebentou a guerra da Coreia, Kyung tinha vinte anos e vivia em Seul com a mãe. Para sobreviver, trabalhava como vendedora numa loja do exército americano. Um dia, conheceu Ok Heedo, um pintor que tinha fugido do norte do país. Para alimentar a família, ele pinta retratos encomendados pelos soldados. Kyung apaixona-se imediatamente por este homem, tão diferente dos outros, tão talentoso. E acima de tudo este amor ajuda-a a esquecer a terrível tragédia que acaba de atingir a sua família... Infelizmente, Ok é casado e, muitos anos mais tarde, visita uma exposição póstuma dedicada a este pintor. O passado sombrio que ela julgava adormecido ressurge de repente. Assim, ela começa a escrever a sua história para se reconciliar com os fantasmas que a assombram.
Inspirado numa história verídica, The Naked Tree é adaptado de uma obra de culto da literatura coreana. Este romance gráfico de cortar a respiração retrata, com grande delicadeza e modéstia as perturbações profundas e por vezes invisíveis causadas pela guerra.
cardapio.pt @ 20-11-2023 19:06:15
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