Pintora portuguesa Elizabeth Casqueiro selecionada para Bienal de Londres

“O quadro alude à sensação de andar em círculos quando a Covid primeiro apareceu - as notícias eram repetitivas e confusas - e não sabíamos em que direção íamos com a pandemia.  No entanto, existia fé na capacidade solucionadora da nossa sociedade industrializada, em conjunto com os poderes curativos da natureza”, revela a pintora que completou os estudos básico e secundário na zona de Lisboa.

Contra a opinião dos pais – que preferiam vê-la seguir um curso de Economia – acabou por se inscrever em Belas Artes, em Lisboa, mas a revolução de abril 1974 acabaria por encerrar temporariamente a universidade portuguesa, obrigando-a a prosseguir os estudos nos Estados Unidos, acabando por se formar em arquitectura.

Apesar de nunca ter deixado de pintar e desenhar, com algumas incursões na escultura, foi fazendo a vida profissional como arquitecta corporativa em diversas instituições, nomeadamente o Banco Mundial e IFC, passando a dedicar-se à sua ‘paixão’ a tempo inteiro e de forma profissional nos últimos sete anos.

As atuais restrições de circulação devido à Covid impedem-na de estar fisicamente presente na capital britânica, mas “este ano tenho trabalhos em duas exposições em Londres: na Bienal e numa organização chamada Amalgama, que representa mulheres artistas da América Latina, Espanha e Portugal.  Em Outubro faço uma exposição individual em Portugal, na galeria da Quinta dos Caniços.  Este mês tenho um quadro numa galeria em Nova Iorque, e vários outros numa galeria na zona de Washington DC.  Neste momento sou semi-finalista para o altamente conceituado prémio Trawick Art Prize”, sublinha.

Reconhece no seu trabalho algumas influências dos seus pintores favoritos, como Chagal, Matisse e Picasso, e entre outras características destacam-se a opção por cores claras e suaves, por vezes articuladas com formas geométricas, que atribui à sua formação base de arquitectura.

A London Art Biennale é uma exposição internacional, curada pela Galeria Gagliardi conjuntamente com a International Confederation of Art Critics e o Museu de Arte Chianciano. A Biennale abre a sua 5a edição no dia 1 de Julho de 2021 no Chelsea Town Hall, em Londres, com obras de 454 artistas plásticos de todo o mundo, escolhidos entre vários milhares que submeteram trabalhos. A exposição permanecerá aberta ao público até ao final do dia 4 de Julho.