Ver e Ler, Ler e Ver: O Hi-po-pó-ta-mo

?SINOPSE

«Não paras porque não há caminhoParas porque algo que é bonitoEstá agora ali à tua frente.A beleza é obstáculo dos teus pés.Não avanças porque algo de belo te impediu.A beleza está no mundoPara diminuir a velocidade.Eis a Verdade.»
Gonçalo M. Tavares (Ver e Ler, Ler e Ver: o HI-PO-PÓ-TA-MO)
Ópera sobre o salto do Ver para o Ler e do Ler para o Ver. Ver desenhos e ler letras. Ver letras e ver palavras e ver frases. Vamos mostrar imagens e mostrar letras. Vamos tentar ler imagens. Como se aprende a ler? Como se aprende a ver?
Nesta segunda jornada em que juntamos Jorge Salgueiro e Gonçalo M. Tavares, para a nossa Ópera para Bebés e Matulões – dos 9 meses de gestação aos 9 anos de recreio – juntámos Miguel Jesus (encenação) e Rachel Caiano (figurinos e cenários) à equipa criativa. A obra ainda não está concluída. O libreto está! Partilhamos entretanto o que podemos avançar acerca da conceptualização deste trabalho. Veremos reflectida a construção/desconstrução da linguagem, possibilitando a exploração de fonemas, ditongos, tritongos, sílabas (monossílabos, dissílabos, trissílabos, polissílabos…)… e por aí fora. A narrativa parte de cerca de 15 pequenos quadros autónomos e simultaneamente relacionáveis entre si. A lógica do “princípio, meio e fim” dentro de um tempo de concentração passível de inteligibilidade pelos mais pequenos é crucial. A obra propriamente dita, na íntegra, não excederá os 30 minutos. O espectáculo será complementado com apresentação das fontes sonoras e outras estratégias do foro cénico e cenográfico ficando com um total de 45/50 minutos. O material literário é alvo de uma correlação musical literal. Texto e música constituem uma relação de sinestesia, reforçada por elementos visuais. A música proporciona contrastes extremos ao nível das 4 propriedades som: altura, intensidade, duração e timbre. Para as vozes mantemos a lógica de 1 soprano, 1 contralto, 1 tenor e 1 baixo, coro na plateia e nos animadores (10 animadores/figurantes no espaço cénico). Estes elementos secundários na cena são professores de expressão musical, pelo que orientarão as intervenções musicais da plateia (vocais, em percussão corporal, em flauta de bisel no caso dos mais crescidos…). Dos mais pequenos espera-se apenas que contemplem e desfrutem a magia de um espectáculo cuja concepção e preparação os terá na maior consideração. O espaço cénico não ficará confinado ao palco. Para além dos 10 animadores, os próprios músicos estarão integrados na cena. Assim estaremos mais perto de todos!